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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"AS PÉTALAS DA ROSA BRANCA"


"Enxerguei os borrões, ainda nas primeiras letras escritas da nossa história,
Mas optei por arrancar do caminho as placas que sinalizavam a 'meia-volta'.
Eu quis amar você, cuidar de você, entregar o meu coração sem medo, sem olhar pra trás.

Mas todos os verbos que conjuguei foram poucos...

Enquanto você enxergava apenas os espinhos, eu trazia nas mãos as pétalas da rosa branca;
Tentava mostrar pra você a mágica que havia no desabrochar dela.

Mas todos os verbos que conjuguei foram poucos...

Me lembro das noites em que o meu coração pulsava desenfreadamente, na ânsia de ouvi-lo,
Na expectativa de saber se você me traria flores ou dores (eu nunca conheci o seu 'meio termo').

Quantos contrastes!

Ontem, você me mostrou o amor que nem mesmo eu pensei ser possível sentir;
Hoje, me vejo retalhando as lembranças de um passado próximo,
Tentando transformá-lo em algo que eu possa carregar comigo.
Algo que eu possa usar para me proteger nas noites frias, vazias de você.

Feito as pétalas daquela mesma rosa que depois de um tempo foram murchando,
Eu percebo o meu coração se desprendendo do costume de ter você como habitante.
Não há rosa que resista ao efeito do tempo sem o cuidado devido.

E, mesmo que pra você os verbos que eu conjuguei tenham sido poucos;
E, mesmo tendo visto as minhas pétalas se desfazendo com o tempo;
Ainda assim, eu continuarei a amar você...
Mesmo de longe...

Até que um outro amor bata à minha porta...
Até que eu não tenha mais que conjugar verbos...
Até o dia em que trocarei a rosa branca por um jardim inteiro...".

[Lavínia Lins]

Ao som de "Dear John" - Taylor Swift:




 

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