"Me abraça, assim... apertado, coladinho. Me acolhe, assim... do seu jeito, de mansinho. Me derreto, assim... feito manteiga, bem facinho. Me entrego, assim... pra sempre sua, com amor e com carinho".
"O que faz desta uma história singular é o simples fato de que ela começou a ser escrita no tempo certo. Desde que os nossos caminhos se cruzaram foi possível compreender a propriedade da tão contada passagem sobre as folhas que caem da árvore em seu momento exato, de acordo com a vontade daquEle que tudo vê e que tudo sabe. Estava na ordem, também, o nosso encontro. Não lamentemos que tenha sido hoje. Talvez, no ontem, não conseguíssemos enxergar com tanta clareza as tão límpidas almas que carregamos em nós.
Elas que são o produto da reforma que, com sabedoria, tivemos que fazer ao longo das nossas vidas. Hoje, reciclados e recheados do que há de melhor, estamos prontos... Assim, entreguemos os nossos corações aos cuidados do destino e dEle, que nos trouxe até aqui e que, agora, nos apresenta. Que seja pra sempre...
Amém!".
[Lavínia Lins]
Ao som de "Forever and Ever Amen" - The Drums:
segunda-feira, 29 de agosto de 2011
"Levem os laços, levem os braços... Só não me deixem sem aqueles que me sustentam: Os passos - ainda que lentos, ainda que frágeis. Eles são o sinal de que o caminho existe".
"Lembro bem daquela tarde: Sol se pondo, ares em renovação... Você se deixou envolver pela brisa do mar. Ouvi o som da sua felicidade com o estourar das bolhas do espumante. Olhos vivos... castanhos... Sorriso intenso... gratuito... Pássaros cantores chegaram para vê-la; O verde ao redor, para exalar o seu perfume.
"Contemplo o mar e a sua dança; Ele, que me acorda sempre às manhãs, Que banha a minh'alma e me renova a esperança, Trazendo um sabor doce feito o da maçã.
Em suas idas e vindas, enxergo a vida; Esta, que passa apressada e deixa as suas marcas. Relembro a história que foi dividida Com aquela que às noites se via embalada.
Cabelos ao vento, soltava os braços; Reproduzia as cenas de amor sem limite. Em sonhos, a puxo de encontro ao meu peito, E a levo ao mundo que tudo permite.
O da imaginação que transporta os espíritos, Que banha os corpos com a sua água aquecida Se eu não me acordo dessa noite de mitos, Espero que o sol, sem licença, a torne esquecida".
[Lavínia Lins]
Ao som de "Oceano"- Djavan:
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
"Não se pode iniciar uma oração com letra maiúscula sem que esta suceda a um ponto final.
ALERTA: esta mesma regra deve ser também utilizada quando o assunto for 'amor'...".
Em
oração pelos irmãos de alma pequena, desprovida de amor e
sensibilidade... Deus, os abençoe! Ainda que o mundo lhes nege
compaixão, tenha piedade deles e lhes conceda a oportunidade de serem os
humanos que devem ser, antes que as suas dívidas aumentem ao ponto de
necessitarem de 70 "vindas" vezes 7 para saldá-las. Amém.
"Eu quero o sorriso sincero, com peito aberto e mãos sem suor Eu quero a entrega perfeita, montar na lambreta, com destino ao sol Eu quero o momento sem tempo, sem nenhum tormento, nem gritos de dó Eu quero a poesia sem rima, quero aquela menina, com gosto de ló".
[Lavínia Lins]
Ao som de "Vieste" - Ivan Lins:
sábado, 20 de agosto de 2011
"Acredito apenas em palavras ditas por meio de atitudes. Estas, falam por si. Não dão cabimento a múltiplas interpretações".
"Quem não tem capacidade para construir o seu castelo, Ocupa o seu tempo soprando a areia do outro. Pobre do que de migalhas se vale para viver; Perde o tempo que, se bem investido, o levaria a me entender.
Satisfaz-se com o prazer negro de assistir à queda dos bons. Estes, caem para levantar e cantar a vitória em altos tons. Aquele de alma pequena que diante disto ri 'de canto', Amanhã poderá tropeçar e perceber que não há mais ninguém para enxugar o seu pranto.
Não se prenda ao que virá a se tornar pó; Não se prenda ao corpo que somente lhe movimenta. Se o que quer é uma vida melhor, Arrume um lápis de cor e vá pintar a sua nuvem cinzenta!".
"Cobranças, cobranças... contas... dívidas a saldar. O passado bate à sua porta, atormenta os seus dias. É muito fácil questionar, sugerir a adoção de uma nova postura, Quando não há marcas que o levam ao porão. A sala está desarrumada desde a construção daquela casa. Mesmo não sendo impossível, tentar colocar as coisas no lugar Se tornou um desafio que exige um esforço sobre-humano daquela menina. As suas bonecas foram tiradas da caixa antes do tempo. Ela assistiu ao fim do conto, sem o prazer de ver o beijo final. E eles insistem no retorno do investimento feito:
Querem os juros e as correções, já! Mas ela ainda não aprendeu a fazer os cálculos, a aplicar as fórmulas. A tabuada lhe foi retirada e substituída por uma pilha de livros de leis vagantes. Ela se sente perdida em meio às traças, que insistem em consumir os seus pensamentos, E em trazer à tona as lembranças que eles sequer imaginam que ela alimenta. Mas é justamente lá, no passado, que se encontram as imagens que trazem os reflexos de hoje. É lá... Bem no início... Desde quando ela trazia uma boneca nos braços...".
"Inúteis foram todas as minhas estrategias. Na tentativa de viver um final feliz feito o de filmes, Percebi que nada mais tinha nas mãos além de papel e caneta. Pensei ser a escritora da história protagonizada por nós. Tolo engano! Enquanto eu entregava todos os meus bens, você investia moedas. Somente agora, assistindo ao fim da partida, observando as cadeiras vazias, Dei conta de que o que pra mim era amor, pra você foi apenas mais um jogo".
[Lavínia Lins]
Ao som de "Love is a losing game" - Amy Winehouse:
Hoje, por mais que eu possa dizer que não me arrependo,
Sei que o que trago na mala ainda é pouco
E isto, foi você quem me fez enxergar
Veio até mim, puxou a minha mão, levantou-me do chão
Apontou o horizonte e disse que ele é o meu destino
Que as ferramentas e as forças para manuseá-las, eu tenho
Papel comum, não fosse o fato de não me soltar nunca,
De não permitir que os dias cinzentos descansem sobre mim
Você me empresta, sem pedir troco, as canetas coloridas
Entrega, sem esperar nada além de um desenho bem feito,
As folhas que eu vou precisar para alcançar o que parece distante
O que mais posso fazer além de agradecer?
Ainda que o dispense, o meu 'obrigada' estará sempre presente,
Seja por meio das minhas palavras, ou de um simples sorriso.
Obrigada...".
[Lavínia Lins]
Ao som de "You get me trought" - Emily Osment:
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
"Verdades não o são por terem sido ditas por grandes mestres. Verdades
são aquelas que, ditas por grandes mestres, tocam a nossa alma e nos
inspiram a pô-las em prática".
"Sei que os domingos são dias cinzentos E, quando vindos de dias vividos em preto e branco, Tornam-se ainda mais difíceis de encarar. Mas, eu vim aqui pra mostrar o seu reflexo. Olhe para o espelho... esta é você! Enxerga os azuis? Eles são a tranquilidade em você! Olhe o amarelo... representa a vitalidade e a força que tem! Toque o vermelho... realça a sua capacidade de amar intensamente! E tantas outras cores que são vistas por trás dos seus olhos. Não tenha medo de usá-las; Vá ao mundo e derrame-as, da mesma maneira como, um dia, em mim o fez; Contagie as pessoas com essa energia que ninguém mais tem... Com os seus azuis, amarelos, vermelhos... Primárias, que fazem nascer tantas outras. Estão em você... e existem para que as transmita!".
[Lavínia Lins]
Ao som de "True colors" - Cyndi Lauper:
sábado, 13 de agosto de 2011
"O que não pode é o conto fazer mal à fada. Também assim, o príncipe ser,
no fundo, um sapo. Escreva a história a seu modo, mas o faça livre de
toda e qualquer ilusão dispensável".
"E a viagem começou...
Ainda que a distância
Mesmo sem tirar os pés do chão
Mas, o coração...
Ah, esse já venceu léguas
Já me fez tocar as suas mãos
Sentir o seu perfume adocicado
Extraído da sua voz 'pêssego'
Quando se sonha, até o distante se transforma
Desfaz-se
Abre as portas da imaginação
Inquieta o coração, antes adormecido
Felizes, os viajantes imaginários
Protagonistas das mais puras emoções
Possuidores de uma riqueza sem fim
Quanto mais sentem, mais capacidade adquirem de sentir...".
"Viajei pelas profundezas do meu ser, em busca das razões da minha própria existência.
Caminhei por estradas escuras, gélidas; labirintos quase que indecifráveis.
Por muitas vezes, pensei que não havia sentido nessa busca; que a mim
restava apenas esperar o passar do tempo e a chegada das suas
consequências.
Culpei reis, rainhas e todos os que compunham o meu reino.
Feito criança, que acredita haver monstros em seu armário no meio da
noite, escondi os meus medos por trás de inimigos que eu mesma criei.
Percebi que as respostas pelas quais procurava jamais seriam encontradas.
Descobri que os monstros eram meus; apenas frutos do medo de não ser
mais criança, de não ter mais apoio nas fantasias que me mantinham longe
da minha própria realidade.
Na verdade, não havia maiores culpados pela minha involução que não eu mesma.
Neste instante, num interior em que a penumbra residia, parecia acender
uma luz singela, discreta, mas que refletia a existência de um ‘eu’
adormecido.
Num piscar, já é dia.
Portas e janelas abertas.
Fui vencer na vida!".
[Lavínia Lins]
Sugestão da queridíssima Larissa Soares: Ao som de "Nas margens de mim" - O Teatro Mágico e Leoni:
"Confusões entrelaçam-se. Motivos e desmotivos confundem-se. Um injusto,
aos olhos dos justos, crédulos na sua causa. Aos céus, pedem-se forças,
apenas forças, para manter em punho as suas armas. Armas da paz, pela
paz; brancas, em essência. Quem amor no peito carrega, não desiste de
alcançá-la".
"Perdendo as minhas forças, me vejo ao chão Entrego os pontos Você assiste a tudo Sem dó, sem piedade Mesmo daqui, posso enxergar o seu sorriso 'de canto' Vou me perdendo, esquecendo as minhas pernas.
Quando quase adormecido, você se aproxima Me beija lentamente, energizando o meu corpo Eletrizantemente, recarrega a minha bateria E o jogo recomeça... Este é o seu canto, pérola negra: Perder-me e recuperar-me... Deixar que eu caia para ser o meu guincho E eu me entrego... Sentindo prazer no seu... No seu negro-perolado prazer...".
"Alguns caminham apenas por caminhar
Outros correm, temendo não chegar a tempo.
Deve-se compreender que a chegada é mera consequência
Esta, alcançaremos todos.
O importante, de veras, não é a velocidade com que percorremos o
caminho a que estamos destinados, mas a maneira com que conduzimos a
nossa viagem e as bagagens as quais optamos por carregar".
[Lavínia Lins]
Ao som de "A estrada" - Cidade Negra:
domingo, 7 de agosto de 2011
"Sem os maus momentos, os bons não seriam valorizados. A lágrima que hoje
cai pode ser a pedra que se une à muralha de força que se ergue em nós".
"Cercada por centenas e centenas de rostos Em meio a tantas opções, a minha escolha foi feita Ainda que o mundo me leve em seu barco, Sabe que eu nadarei, mesmo contra a maré, até você Sabe que, no fundo, é somente no seu abraço que encontro consolo Que, envolvida pelo perfume da sua alma, eu descanso a minha Porque com você eu faço brotar o que há de melhor em mim Não há motivos para olhar pra trás, não há qualquer sinal de fumaça O ar que eu respiro se torna cada vez mais leve O meu céu está cada vez mais aberto e colorido, mesmo em dias de chuva Porque com você eu faço brotar o que há de melhor em mim".
"Saudade dói, lateja... Rodopia no estômago Dá fome e enjoa... Engraçada, essa moça! Está sempre me pegando Quando penso que esqueço A ideia vem à tona Bagunceira, espinhosa Me remete à lembrança Traz um banho de frieza Que, no peito, canta e dança Sempre em ritmo desgovernado Lembra tudo o que me amansa Só pra dar o seu recado Vem gritando aos quatro cantos
Sem temer o inusitado
Solta a voz em tom bem alto:
'Pára com isso, sua boba, Tô aqui e não te largo!'".
"Pra te amar, necessário seria sufocar os meus planos, Calar as vozes que em meu peito gritam, Abafar o ritmo incessante do meu coração sonhador.
Tentei deixar de lado a minha razão, Envolvida pelo perfume adocicado da sua voz.
Até que, olhando o horizonte lá fora, Lembrando do tão longo caminho a seguir, Percebi que deixava pra trás a mulher que outrora nascera em mim.
Não acredito que o destino se faz por si só; Nós é que traçamos as suas linhas, a partir das escolhas feitas.
O futuro é pura máquina que necessita de manuseio; Não uma correnteza que se entrega ao curso do rio.
Por isso, agora, mesmo com dor, dou a meia-volta, Despeço-me dos carinhos e dos beijos calorosos, Para tornar a aquecer o meu coração sonhador; Aquele que bate, sem parar, no ritmo dos meus sonhos.
Quem sabe um dia, tão jovem 'pêssego'?!
Escrevamos as nossas histórias sem deixá-las tão lineares e previsíveis.
Talvez, as nossas almas se cruzem ao fim da escrita...".
[Lavínia Lins]
Ao som de "Adeus, menino" - Luiza Possi (Part. Lokua Kanza):
"Em dias chuvosos, neblinas distantes Me guardo em lençóis daqueles instantes Ouvindo o meu nome em doces risadas Soltas ao vento, tomando as estradas Me pego envolvido na cor dos seus olhos Castanhos, intensos, sem medo de nada Me sinto mais forte, não temo o algoz Abraçando as cores do som da sua voz Pintando os desenhos que a vida me traça Eu sigo buscando o amor que me faça Andar sem ter medo de olhar pra quem passa Recebendo e doando, sem medo da caça".
[Lavínia Lins]
Ao som de "Rainbow of love"- Bob Sinclar (feat. Ben Onono):
"A primariedade da sua cor a faz singular Dela se faz tantas outras, que a levam no ar Tão doce e tão meiga, envolve quem passa Não há quem, um dia, a viu cabisbaixa
De traços tão leves, desenhos perfeitos Um simples contexto de tantos efeitos Carrega virtude tão rica e profunda Sorriso sincero que a alma inunda
Expressa com os olhos que a vida é bela Exala um perfume de rosa amarela Se nas minhas mãos a pudesse fazer Usaria os encantos do papel machê".