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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

"DE MÃOS ATADAS"



"Olhos assustados...
O mundo a faz temer.
Sente-se sozinha, desprotegida.
São os efeitos que o tempo 
Tende a causar naqueles que sonham.
Então, numa noite enluarada,
De olhos cerrados, vê-se flutuando
Por entre rimas e canções,
Assinadas por um alguém que nunca viu,
Mas que, ainda assim, lhe faz companhia.
Se é sonho, ou reflexo dos seus anseios, 
Não importa...
Mais vale o que lhe faz sentir:
Abraçada, de mãos atadas,
Envolvida por uma plenitude sem fim...". 

[Lavínia Lins]

Postado originalmente em: http://sandracajado.com.br/2012/08/30/de-maos-atadas/

segunda-feira, 27 de agosto de 2012


"Fios de um sopro de lembrança...
Espalhados no chão, junto os seus restantes.
Com eles, alimento a doce esperança
De provar mais uma noite desse amor inebriante".

[Lavínia Lins]

Ao som de "Fascinação" - Elis Regina:




sexta-feira, 24 de agosto de 2012



"Nenhuma despedida é definitiva, caso não a tenhamos praticado, antes de tudo, dentro de nós mesmos". 

[Lavínia Lins]


terça-feira, 21 de agosto de 2012


"Pra te decifrar, fiz a leitura das eloquentes conjugações do teu olhar...".

[Lavínia Lins]

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

"FUSÃO"


"Enquanto a noite cai,
Nossos corpos se entrelaçam,
Numa cadência singular, envolvente.
Pernas e braços em sintonia;
Almas se confundindo, com querer.
Desenharia, sem contar as vezes, 
Esta cena inebriante...
Mas, nem que fosse o 'rei' dos traços,
Atingiria a fidelidade do culto
Que as suas curvas,
Sinuosas curvas, merecem...
Nelas, deleito-me e entrego-me,
Sem medo das derrapagens, dos abismos.
Em você, encontrei estradas que me levam
A destinos nunca visitados;
A continentes meus, inóspitos, intocados.
Com você, qualquer noite estrelada
Se faz plateia, sedenta por assistir
Ao mais belo dos espetáculos:
Duas almas, formando uma só...".

[Lavínia Lins]




sábado, 18 de agosto de 2012


"Ah, madrugada embriagante!
Seus mistérios de luz me contagiam.
Inspiram versos e canções numa melodia sem fim.
Se rimo ou se embaraço as letras, pouco importa.
O que vale é que destilo todo o sentimento que carrego aqui.
Deixando ficar, apenas, o que me serve pro bem...".

[Lavínia Lins]

quarta-feira, 15 de agosto de 2012



"Há quem fale muito de si, sem falar o que, deveras, carrega no silêncio do seu íntimo". 

[Lavínia Lins]

sábado, 11 de agosto de 2012

"VOCÊ"


" Dias e dias vividos sob a cinza sombra...
Mas eis que, de repente, você... em cores - 
Tantas, que nem sei precisar os nomes.
E, ao falar em nome, rende-se a sabedoria
Aos seus pés, por não o saber definir.
Quantas são as suas faces, sempre reluzentes,
Espertas, cheias de uma vida nunca experimentada
Por este pobre coração que deseja ser seu...
Se tivesse que resumir o efeito que causa em mim,
Ah!... Eu não o conseguiria...
Teria, de mãos dadas com a sabedoria, de dobrar os joelhos
Diante desse corpo, desenhado com minúcia,
Que se apresenta diante dos meus olhos, 
Em cada chamada de pensamento 
Que a minha sedenta alma anuncia.
E, neste ritmo, regado por fragrâncias de anseio
Em descobrir a sua fórmula, me deleito e me entrego,
De olhos cerrados, sussurrando, em suspiros, o seu nome...".

[Lavínia Lins]

Postado, originalmente, em http://sandracajado.com.br/2012/08/02/voce-3/

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

"VCL"


"Eis que, de repente, no meio da noite - 
Aquela, fria e quase muda,
Um som recheia o seu quarto.
De longe, sinais de um amor fraterno,
Que nem as forças do tempo conseguiram apagar.
Ele lembra daquela meiga face que,
Por mais que o anos desejem marcar,
Nunca deixarão de ser infantis;
E, então, deseja tê-la em seu colo, em acalento;
Apenas para dizer, sem palavras, 
Que ela não deve ter medo,
Pois não está sozinha.
Na verdade - pensa ele -, nunca esteve;
Nem mesmo durante os dias em que o afastamento falou-lhes.
Assim, sem querer perder tempo - 
Pois já é conhecedor das suas penas,
Entrega ao vento a sua mensagem,
Que, a ela, é entregue com um sabor doce.
E a madrugada lhe concede estrelas, em forma de versos...". 

[Lavínia Lins]

Ao som de "amigo" - Roberto e Erasmo Carlos:




quinta-feira, 9 de agosto de 2012

"DA MINHA JANELA"


"Me via distraída...
Olhava o mundo e nada via
Não sabia se, de fato, existias
Em noites frias, mal adormecia
Quando dava conta, amanhecia
Já não ouvia a melodia
Lembrava do encontro que se repetia
Ao assaltar-me, em melancolia
Trazendo pautas de um novo dia
Cheio de flor e caligrafia
De sorriso e alegria
Escrevi por horas - já nem sentia
Era o seu aroma que me conduzia
Me trazendo à vida, o que me fazia,
Compor canções de prosa e poesia".

[Lavínia Lins]


quarta-feira, 8 de agosto de 2012


"Feche os seus olhos, os seus ouvidos, a sua boca...
Deixe que somente o seu coração fale por você. 
Pense, ao menos desta vez, nos seus acertos,
Nos seus alcances, nos seus gestos de gratidão.
Pense nos auxílios que prestou, nos perdões que concedeu, nas suas orações...
Pense, agora, no abraço que não deu, na mão que não apertou, na declaração que guardou.
Pense na música que não dedicou, nos sorrisos que escondeu, nos bons desejos que vieram e deixou que fossem, sem nem tentar alcançá-los.
Pense... ao menos por hoje.
E então, faça!". 

[Lavínia Lins]

terça-feira, 7 de agosto de 2012


"Alguns acasos funcionam como dosadores dos nossos ímpetos. Aos sinais, ou como quer que chamem, sou sempre obediente...". 

[Lavínia Lins]

segunda-feira, 6 de agosto de 2012


"Eu vejo vida no raiar do dia...
No cantar dos pássaros,
No doce movimento que o vento
Faz ao encontrar a minha cortina.
Eu vejo esperança nas nuances
Que o olhar daquela criança feliz
Me apresenta, sem querer...
Tocar o céu, não sei se será possível,
Mas algo carrego comigo, e é certo:
Posso pintar, todos os dias, o meu céu
De um azul tão singular que nem eu,
Por mais que seja o pintor, sei a fonte.
Só sei que é lindo e faz um bem danado...". 

[Lavínia Lins]

Ao som de "O que você quer saber de verdade" - Marisa Monte:


sexta-feira, 3 de agosto de 2012



"Nós transcenderemos, amor, 
Nós transcenderemos...
Venceremos o efeito do tempo 
E edificaremos o nosso castelo!
E de pronto eu ascenderei
À sua torre mais subida,
Fincando com imenso fervor
A bandeira que há em nós – 
Para que o mundo inteiro
Saiba as linhas do nosso amor
E a invicta insígnia que vibra
Em nossos corações!

Nós transcenderemos, amor,
Nós transcenderemos...
E não permitiremos que as vírgulas
Nos venham pautar as frases,
Nem que as viperinas línguas
Venham corroer as nossas forças
Ou as esperanças que povoam
Nossas mentes e corações!

Alimentemos a crença de que,
Noite e dia, nos embalam as canções
De um amor tão puro e singular,
Cantado em dó, amarrado com nó
De marinheiro que navega pelo mar,
Sem temer as tempestades e as ondas
Que lhe surgem ao desafio…".

[Lavínia Lins & Pedro Belo Clara]