Páginas

sábado, 14 de julho de 2012

"AOS COVARDES"


"Certa feita, perguntaram-me qual o sentimento pelo qual eu nutria mais desprezo.
Já havia pensado diversas vezes a respeito e, a cada, mudava de opinião. Afinal, há tantas coisas lamentáveis no mundo que, se fosse elencar, precisaria de uma folha inteira.
Mas, hoje, especialmente hoje, tive a oportunidade de 'dar de cara' com uma atitude lamentável, a qual não sei se pode ser considerada a 'pior' de todas, mas, sem dúvidas, possui uma face, de veras, deprimente: a COVARDIA.
Explora-la-ei de forma genérica, para não causar polêmicas. Ainda assim, sei que, por si só, ela já causa seus tremores. 
Ao conhecer alguém, deve-se procurar observar seus detalhes - as boas pessoas tendem a refletir a sua bondade naquelas a quem dirigem as suas expectativas e, portanto, podem cometer falhas no julgamento antecipado -. Não que o mundo esteja descoberto de pessoas do bem - não é isso; não mesmo!-, mas, há também aqueles que, para serem 'aceitos', a fim de alcançar determinado objetivo, mostram-se dóceis, prestativos, e por aí vai.
Mas, ainda assim, é possível enxergar alguns traços da sua real personalidade: quando relatam experiências anteriores, tendem a pincelar suas características mais marcantes.
A covardia, em certos momentos, é erroneamente confundida com 'medo', 'insegurança', 'inexperiência'...
Ora, amigos... são, estes, tão diferentes. 
Quando comparados à covardia, deviam até ser classificados como antônimos.
Covardes, por se omitirem; covardes, por mentirem; covardes, por usarem discursos fantasiosos; covardes, por não olharem nos olhos; covardes, por serem covardes.
Triste, lastimável, desprezível.
Aplausos! Uma salva deles, com intensidade, aos covardes. 
Não pelo mérito, já que não há qualquer. Pelo seu intenso oposto. Para que, quem sabe, o efeito constrangedor deste os leve a repensar seus atos/omissões. 
Que a vida lhes ensine a, ao menos, entender o porquê das lições;
Que aprendam a assumir suas culpas e fraquezas, sem medo do julgamento.
Pois, quem age com sinceridade e transparência, não merece o repúdio por sê-lo;
Ao contrário, faz jus à nossa atitude de 'tirar o chapéu'...".

[Lavínia Lins]

4 comentários:

  1. Querida amiga ao ler ,fez-me lembrar de uma atitude que uma certa pessoa que me magoou de tal forma que ate hoje nao falo com ela vai para dois meses ,sinto-me mal porque era uma pessoa em que confiava tudo ,mas surge entre nos uma pessoa que o levou a fazer certa atitudes pelas quais nao achei justo e tentei faze-lo entender os motivos ,mas mais uma vez errou e disse coisas que apenas deveriam permanecer entre nos dois .Infelizmente custa-me muito continuar neste sofrimento pois ele escolheu o caminho da covardia mas cabe ao tempo reparar o mal que me fez mas no fundo do meu coraçao tenho a necessidade de perdoar ,apesar de saber que nunca mais vai ser a mesma coisa a cumplicidade que tinhamos ficou manchada para sempre .Todos os dias custa-me porque partilhamos a mesma casa ,trabalho e o resto ja nao ,mas olho para ele com tristeza por ver nele a pessoa que se tornou ,mas e duro quando se trata de um irmao ,beijos Lavinia

    ResponderExcluir
  2. Sim, meu caro... deve ser ainda mais difícil quando se trata de um irmão. Infelizmente, ou felizmente - não sei ao certo -, somos diferentes e, portanto, agimos/reagimos de formas distintas, mesmo diante de situações semelhantes. O ideal seria que nos posicionássemos da maneira mais adequada... mas, quem dita as regras neste jogo, não? O que seria o "adequado"? Só posso crer que existem "porquês" para tudo e, mesmo após turbulências e decepções, sempre tiramos um saldo positivo. Perdoe-o, se o seu coração ordena. Isto é grandioso. Fará bem a ele e, principalmente, a você. No mais, entregue nas mãos do tempo. Nada é em vão. Não existe causa sem consequência. Desejo que alivie o seu coração... Abraço fraterno!

    ResponderExcluir